Carta de aniversário para Freud

Eu me emociono diversas vezes em que penso o que você fez pela humanidade.

Há quem jogue pedra no seu trabalho até hoje, mas o grito deles é um sussurro diante de suas obras, obras essas que eu desconfio que tais antagonistas nem leram, pois o julgam sem entendimento.

O mundo busca mitos e santos para se espelharem, já até acharam alguns. Eu sou mais modesta busco humanos, que assim como eu cavam o sentido da mente, como um arqueólogo em busca de novos artefatos, em vão claro, não existe sentido para a vida, tampouco para a mente como algo unanime , apenas denominadores comuns e limites, sim, muitos limites. Limites que geram caos e com sorte, poesia.

E você entendeu tais limites com maestria, e como um bom mestre, passou adiante suas descobertas, após muito escavar a alma humana. Passou uma vida dedicado ao próximo, (de longe bem mais santo que muitos cristãos). Virou uma lenda, um mito, quem ama ou odeia precisa respeitar sua passagem por esse mundo louco.

E de loucura você entende, mudou seu conceito, expôs o mal estar da civilização, expos a fragilidade do animal diante da castração social, expôs também a beleza de sair de conseguir sair de algumas castrações, seja através da arte ou da sublimação.

Mostrou o poder da palavra, ah... a palavra, fez dela cura ao entender que cada ser humano tem um dialeto, que cada ser humano tem um universo próprio, e cada ser humano que feri, um dia foi ferido.

Deixo aqui as minhas singelas palavras de admiração, fiz essa homenagem a você, meu doce Freud, era para ser um segredo nosso, como no meu divã imaginário contigo, mas tomarei de exemplo o mestre, e passarei o texto para frente.

6 de Maio de 2025